Três irmãs de 8, 13 e 14 anos, que estavam isoladas e sem qualquer tipo de ajuda há uma semana em Santa Rita, uma das localidades mais atingidas pela tragédia que no dia 12 matou cerca de 765 pessoas na região serrana do Rio de Janeiro e deixou outras 25 mil desalojadas, foram salvas depois de terem tido uma ideia simples mas brilhante.
Usando ramos de trigo e pedras, elas procuraram uma área aberta e escreveram no chão, sobre os escombros e com letras gigantes, a sigla S.O.S., internacionalmente conhecida como pedido de socorro.
Ana Lívia Maria da Luz, de 8 anos, Larissa Maia da Luz, de 13, e Larissa Francisca, de 14, tiveram a ideia depois de verem aviões da Força Aérea Brasileira sobrevoarem o local mas não conseguirem detectar os desesperados sinais que as três faziam para que os militares soubessem que elas estavam lá embaixo. Com o auxílio de uma vizinha, Adriana Gonçalves, de 31 anos, elas recolheram grandes pedras e muitos pedaços de trigo, uma das culturas da região, e foram procurar um local amplo e aberto, pois perto dos destroços do que fora a casa delas ninguém as via.
A estratégia deu certo. Um avião da FAB que sobrevoava a região serrana exactamente à procura de sobreviventes em áreas isoladas avistou a mensagem. Um helicóptero foi chamado e as três irmãs e a vizinha, que perderam familiares e tudo o que tinham, foram resgatadas, indo primeiro para uma base em Itaipava, que também pertence ao município de Petrópolis, como Santa Rita, e depois para a vizinha cidade de Teresópolis, onde ainda têm parentes.
in Correio da Manhã
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