quinta-feira, 21 de julho de 2016

Polícia mata cão de criança durante aniversário

Polícia mata cão de criança durante aniversário  


Tudo decorria com normalidade na festa do 5.º aniversário de Eli Malone, um menino norte-americano, natural de Wynewood, no Texas, até o primeiro tiro ser ouvido. A animação terminou nesse momento e começou o pesadelo. "Está qualquer coisa mal com o Opie", gritou Eli mal viu o cão da família estendido no chão. Tinha sido abatido a tiro por um polícia. A família Malone e os convidados, que se encontravam dentro de casa a preparar-se para cantar os parabéns a Eli, saíram a correr. "Estava ali deitado. Tentava respirar com dificuldade depois do primeiro tiro", conta Vickie, a mãe. O polícia estava do outro lado da vedação que circunda a casa. Em frente às crianças e a Eli, que já chorava, disparou mais dois tiros de espingarda e matou Opie. "Era o meu melhor amigo. Divertíamo-nos os dois e brincávamos à apanhada", contou Eli em lágrimas ao canal FOX 25. Opie era um cão de três anos, de raça cruzada entre Bulldog Americano e Pit Bull. De acordo com a família nunca tinha sido violento mas, segundo a polícia, nesse dia comportou-se de maneira diferente. O chefe da polícia local alega que o agente que abateu o cão estava a cumprir um mandado para investigar se na casa da família vivia um criminoso procurado. Tinha, de facto, vivido lá, mas há 10 anos. Disse que o cão se mostrou violento e que o tentou atacar quando tentou entrar na casa da família. No entanto, o agente estava do lado de fora da vedação quando disparou e Opie estava no jardim. "Respeito o trabalho da polícia, mas isto foi feito sem coração. Ele não mostrou nenhum remorso, nem pediu desculpa", afirma Vickie Malone, que defende que tudo podia ser evitado caso o mandado tivesse sido verificado anteriormente ou se tivessem contactado a família.   Polémicas à parte, Eli está inconsolável. Diz que tem muitas saudades e fez ele mesmo uma pequena cruz de madeira, que colocou no jardim para assinalar o local onde Opie está enterrado. Diz também que ficou muito magoado "porque ninguém da polícia de Wynnewood pediu desculpa". 

in Correio da Manhã

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