segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Preso falso Padre

Falso padre condenado a dois anos e meio de cadeia

O Tribunal de Santo Tirso condenou esta segunda-feira a dois anos e meio de prisão, com pena suspensa, o "falso padre" que durante quatro anos celebrou missas, casamentos, baptizados e funerais em todo o País, inclusive na Sé de Braga.

O arguido, Agostinho Caridade, de 38 anos, residente em Aguiar, Barcelos, mas que não compareceu ao julgamento, foi condenado pelo crime de usurpação de funções e de burla qualificada. Para a suspensão da pena, o arguido fica obrigado a indemnizar, no prazo de dois anos, 4.727 euros a três pessoas que burlou, bem como a pedir desculpa, no prazo de 15 dias, à Arquidiocese de Braga, às paróquias onde exerceu ilegalmente e aos respectivos paroquianos.

O juiz lembrou que o arguido já tem no seu currículo uma condenação por burla informática, em pena de multa, que não chegou para que mudasse o seu comportamento, pelo que desta vez a pena "terá de ser em prisão". A título de danos não patrimoniais, terá de pagar 3.000 euros por ter "lesado a fé" dos queixosos.

O tribunal deu como provado que, em 2004, o arguido conseguiu "penetrar" na Igreja, quando contactou o pároco de Santiago de Bougado, na Trofa, então já num estado de saúde muito debilitado, e se ofereceu para o ajudar. Apresentou-se como João Luís e como sendo um padre missionário, pertencente à Ordem dos Camilianos. O pároco de Bougado foi passando a palavra a outros sacerdotes e a fama "de bom padre" do burlão foi-se espalhando, pelo que começou a ser contactado para vários serviços, sobretudo nas dioceses de Braga, Porto e Algarve. Como ia "recomendado" por um colega de ofício, nunca ninguém se lembrou de lhe pedir a identificação. Chegou mesmo a celebrar um casamento na Sé de Braga.

in Correio da Manhã

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