Pilotos confundem estrada com pista
Uma companhia aérea "low-cost" indiana declarou esta segunda-feira ter proibido dois pilotos de voar por estes terem tentado aterrar o avião numa estrada que confundiram com uma pista de aviação. A aeronave estava quase a tocar o chão quando os pilotos foram alertados por um alarme automático, como explicou a IndiGo em comunicado. "O piloto principal tomou uma medida de precaução e fez uma volta. O avião aterrou em segurança nas proximidades", acrescentou. O voo tinha origem no estado de Gujarat, na costa oeste da Índia, e tinha como destino o estado vizinho a norte, Rajahstan. O incidente aconteceu a 27 de fevereiro, mas só agora saiu na comunicação social do país. Foi o último acontecimento a realçar as preocupações do país com a segurança no setor da aviação, em rápida expansão, segundo a agência France Presse. Um oficial de operações de voo, citado pelo jornal Hindustan Times, disse que o avião se encontrava a uma altitude aproximada de 274 metros e a 90 segundos de aterrar numa estrada paralela à pista de aviação. A IndiGo confirmou que os pilotos foram avisados do erro pelo sistema de aviso de proximidade do solo, que alerta a cabine do piloto quando a nave está em risco de tocar no chão ou de embater contra alguma coisa. "A segurança não foi comprometida em nenhum momento. Ambos os pilotos foram retirados do serviço de voo, aguardando investigação", adianta-se no comunicado. A companhia adianta ainda que "o decorrido foi devidamente comunicado ao Diretorado Geral da Aviação Civil (regulador aéreo) pelo departamento de segurança da IngiGo". A companhia de baixo custo domina quase 40 por cento do mercado nacional indiano, apresentando a maior quota de mercado entre todas as concorrentes. É a única companhia na Índia com lucros consistentes. O governo pretende tornar as deslocações aéreas acessíveis a milhões de cidadãos, mas os incidentes na segurança levantam preocupações acerca da rapidez de crescimento do setor. Previamente, um avião da Air India com 160 passageiros foi forçado a voltar a Nova Deli depois de quase 30 minutos de voo em direção a Milão, Itália, quando foi detetado fumo na cabine. Já em dezembro, um voo da mesma companhia com destino a Londres, com mais de 200 passageiros, regressou a Mumbai depois de três horas de viagem, dada a suspeita de vista de um rato na cabine. No mesmo mês, um técnico da Air India morreu, sugado para um motor a jato, enquanto o avião fazia marcha-atrás para descolar do aeroporto de Bombaim.
in Correio da Manhã
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