José Mestre, conhecido há vários anos no Rossio e Restauradores como o ‘homem sem rosto’, foi operado em Chicago, tendo-lhe sido removido um tumor de 40 centímetros e 5,5 quilos, noticiou a estação televisiva ABC.
O tumor, que cobria a maior parte do rosto e punha em risco a vida de José Mestre, foi retirado depois de três meses de preparação em Chicago, nos Estados Unidos, tendo sido necessárias quatro cirurgias.
"Finalmente teve uma hipótese de levar uma vida mais ou menos normal porque, antes disto, [José Mestre] sentia que, apesar de nunca o ter pedido, era o centro das atenções em todo o lado", afirmou o seu tradutor à ABC.
A história começou no ano passado quando, em julho, José Mestre, então com 53 anos, foi convidado pelo canal de televisão Discovery para filmar em Londres um documentário sobre o seu problema.
O programa, intitulado ‘O homem sem cara’, foi apresentado no início de Dezembro mostrando o rosto deformado do homem que costumava andar pela zona do Rossio, tendo o canal contactado dois médicos famosos nos hospitais de St. Bartholomew e de Broomfield para pedir opinião.
Ian Hutchison, o médico do St. Bartholomew consultado, ofereceu-se de imediato para fazer-lhe uma cirurgia inovadora, e de graça, para devolver a José Mestre o rosto que desde criança se vinha a deformar prometendo uma melhoria da qualidade de vida já que lhe possibilitaria respirar melhor, falar, comer e ver.
A maior dificuldade foi conseguir o acordo do próprio José Mestre que, como testemunha de Jeová, mostrou reservas em fazer a cirurgia.
No entanto, o facto de, nos últimos meses, o tumor lhe ter provocado cegueira de um dos olhos, além de ter coberto por completo a boca e a língua, levou a sua irmã a insistir na operação.
"Se não fosse feito nada, ele morria", explicou à ABC a irmã, Edite Abreu, garantindo que "agora, ele tem uma nova vida".
José Mestre, que foi submetido a duas cirurgias perigosas nos últimos dias para reconstruir o seu rosto, está ainda a recuperar, envolto em gaze, mas já consegue deslocar-se sozinho e falar com dificuldade.
in Correio da Manhã
ainda bem está melhor
ResponderEliminarforça
ResponderEliminar