quinta-feira, 15 de maio de 2014

Mulheres sauditas não podem correr porque após “nenhum homem se casará com elas”

Mulheres sauditas não podem correr porque após “nenhum homem se casará com elas”

Sarah Attar Nos JOgos Olímpicos de Londres 2012
Sarah Attar Nos JOgos Olímpicos de Londres 2012
A Universidade de Taif, no sudoeste da Arábia Saudita, estava a organizar uma maratona feminina. Num país onde as mulheres não tem acesso ao desporto nem à educação física isto parecia ser um sinal de abertura.
As vencedoras receberiam um Galaxi Tab (1ª lugar), um iPhone (2º lugar) e um Mini IPad (3ª lugar). Receberiam porque não vão receber mais, já que a prova foi cancelada. A Universidade alegou que a corrida colidiria com a época de exames, mas na verdade o reitor terá cedido aos apelos dos ultraconservadores.
Eles alertaram que as mulheres que participassem na corrida “perderiam a decência” e, consequentemente, “nenhum homem gostaria de se casar com elas.”
Argumento rídiculo pois as mulheres não iriam correr nuas, nem mesmo em vestuário desportivo adequado (calças ou calções); devido às regras -não escritas- rígidas de moralidade social, as meninas usariam vestidos que cobrem da cabeça aos pés. Além disso a maratona teria lugar no campus das mulheres, sem a presença de qualquer homem. Tudo para que ninguém se sentisse “ofendido”.
Os ultraconservadores insistem que permitir a atividade física para as mulheres vai contra a sua religião e tradições.
Para ter uma ideia do quadro, quando os liberais tentaram introduzir a educação física nas escolas públicas, em 2004, o xeque Abdullah ibn Mani, um membro do Conselho Ulema e assessor da corte real , declarou que a “virgindade das mulheres poderia ser afetada pelo excesso de movimento e saltos“.
A Arábia Saudita é o único país do mundo onde as mulheres são proibidas de conduzir um veículo, a menos que acompanhadas por um homem…
in Arco da Velha

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