Durante mais de dois anos, imitou uma voz feminina e, passando por médica ao telemóvel, enganou 60 mulheres de Norte a Sul. Convenceu-as de que sofreriam de cancro e levou-as a fazer exames de "telemedicina". No fim, ficava com fotos das partes íntimas das vítimas.
Ora apresentava-se "médica" do Instituto de Oncologia do Porto, da Maternidade Júlio Dinis, do Hospital de São João, Porto, dos hospitais de Coimbra, Guarda, ora, simplesmente, "secretária" ou "clínica" do "Centro de Saúde". Marcava números à "sorte", esperando que atendessem mulheres.
O esquema era sempre o mesmo: sabendo que, de tempos em tempos, todas fazem exames de ginecologia, a "dra. Patrícia Oliveira" (entre outros nomes) dizia estar na posse de "maus resultados". Suspeitas de cancro no "colo do útero" ou "cancro na mama", num tom de conversa que indiciava risco de vida.
Com as vítimas apavoradas, a reacção seria a ida imediata ao hospital. Só que, antes disso, as mulheres eram levadas a efectuar exames de "rastreio" por "telemedicina": já sozinhas em casa, eram questionadas sobre a vida sexual, convencidas a despirem-se e a apalpar partes íntimas do corpo.
Dezenas de vezes as "consultas" incluíram videochamada, por telemóvel 3G, para filmar e fotografar seios e órgãos sexuais. Na posse das imagens, a falsa médica gravava-as para "análise por computador".
in JN
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