Cachorros quentes têm de mudar de nome na Malásia
Os estabelecimentos de venda de comida da Malásia, país de maioria
muçulmana, vão ter de rebatizar os cachorros quentes.
Os estabelecimentos que não o façam correm o risco de lhes
ser recusada a certificação "halal" (permitido), anunciou uma autoridade
religiosa governamental.
O regulamento, que incide também sobre outros alimentos cujo
nome inclua a palavra "cachorro" ("dog"), desencadeou muitas
piadas nas redes sociais.
Segundo o diretor da divisão "halal" do
departamento do Desenvolvimento Islâmico, Sirajuddin Suhaimee, a medida foi
adotada na sequência de queixas de turistas muçulmanos estrangeiros.
"Quaisquer produtos 'halal' que deixem os consumidores confusos, nós temos
de mudar", explicou.
"No Islão, os cães são considerados impuros e o seu
nome não pode estar relacionado com a certificação 'halal'", acrescentou.
Muitos vendedores de rua e restaurantes 'halal' vendem
cachorros quentes na Malásia. Sirajuddin Suhaimee disse que a fiscalização será
feita "passo-a-passo" quando esses estabelecimentos renovarem a sua
licença "halal", válida por dois anos, junto do departamento.
A cadeia norte-americana de lojas de "pretzels"
Auntie Anne's, que tem 45 estabelecimentos na Malásia e planos de expansão no
país, disse à agência noticiosa francesa AFP que não tem problemas em rebatizar
os seus "pretzel dogs" - salsicha enrolada em "pretzels" -
em cumprimento da diretiva das autoridades religiosas.
"É uma questão menor. Não temos problemas em mudar o
nome e ainda estamos a tratar disso", disse Farhatul Kamilah Mohamed
Sazali, um executivo da Auntie Anne's na Malásia.
Entre as muitas críticas surgidas nas redes sociais, um
utilizador da rede social Facebook comentou: "Por favor, limitem-se à
religião... não queiram ser consultores da língua inglesa".
Outro escreveu: "Lojas de animais, por favor rebatizem os
vossos cães como salsichas".
In JN
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