quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Bebé nasceu depois da morte da Mãe

Bebé nasce três semanas após a morte da mãe

Há mais de três semanas que Edil, de 28 anos, morreu no Hospital de Santa Ana, em Turim, Itália. Exactamente 22 dias após a morte, a jovem deu à luz uma menina, com apenas 800 gramas mas que se encontra de boa saúde.
Edil, a mãe, esteve três semanas ligada a uma máquina, foi alimentada por uma sonda e recebeu injecções para controlar a pressão sanguínea. Os médicos continuaram a tratar de Edil como quando era viva, pela simples razão de que dentro dela ainda havia uma vida. Quando a jovem morreu o feto encontrava-se no sexto mês de gestação.
Para além desta bebé, a jovem da Somália tinha ainda outros cinco filhos e há muito tempo que se encontrava em estado muito grave. Foi a conselho do cunhado, que reside em Turim, que se mudou para a cidade do norte da Itália à procura de ajuda médica. Com a poucas forças que ainda tinha, Edil viajou para o Centro Traumatológico de Turim.
Quando chegou àqueles cuidados médicos, Edil estava praticamente cega devido ao tumor alojado no cérebro. Depois de submetida a uma intervenção cirúrgica, recuperou alguma visão mas os médicos não puderam fazer muito mais. A 6 de Setembro, entrou num coma irreversível, que parou por completo toda a sua actividade cerebral.
Edil foi então transferida para o centro de reanimação do Hospital de Santa Ana, onde os médicos confirmaram a sua morte cerebral. Mas antes de confirmarem oficialmente a morte da jovem e de desligarem a máquina, fizeram uma ressonância magnética para ver em que condições se encontrava o feto.
“Considerando o avançado estado da gestação e a possibilidade real de fazer vir ao mundo a bebé, decidimos fazer esse exame e o resultado mostrou que o feto não tinha sofrido danos e que podia viver”, disse Evelina Gollo , responsável do departamento de reanimação do Hospital de Santa Ana.
O problema é que o feto era demasiado pequeno para provocar o seu nascimento. Os médicos decidiram continuar com o tratamento de Edil, mantendo os sinais vitais de maneira artificial, sabendo que não iriam salvar a mãe, mas que poderiam vir a salvar a filha. Após as 28 semanas de gestação, os médicos fizeram uma nova ressonância magnética e comprovaram que o feto estava acrescer bem apesar de ter um peso baixo, decidiram esperar que se desenvolvesse mais para a fazer nascer.
O estado de Edil, mantida viva de forma artificial, começou a deteriorar-se e os médicos temeram pela vida do bebé. Decidiram intervir e realizar a cesariana que traria ao mundo a bebé, com 800 gramas. A menina vai ter o nome da sua mãe, Edil.
Após o parto, os médicos desligaram as máquinas que mantinham a vida artificial de Edil, a mãe que deu à luz três semanas depois de ter morrido.

in Jornal de Notícias

1 comentário:

  1. Bebé nasce três semanas após a morte da mãe

    Há mais de três semanas que Edil, de 28 anos, morreu no Hospital de Santa Ana, em Turim, Itália. Exactamente 22 dias após a morte, a jovem deu à luz uma menina, com apenas 800 gramas mas que se encontra de boa saúde.
    Edil, a mãe, esteve três semanas ligada a uma máquina, foi alimentada por uma sonda e recebeu injecções para controlar a pressão sanguínea. Os médicos continuaram a tratar de Edil como quando era viva, pela simples razão de que dentro dela ainda havia uma vida. Quando a jovem morreu o feto encontrava-se no sexto mês de gestação.
    Para além desta bebé, a jovem da Somália tinha ainda outros cinco filhos e há muito tempo que se encontrava em estado muito grave. Foi a conselho do cunhado, que reside em Turim, que se mudou para a cidade do norte da Itália à procura de ajuda médica. Com a poucas forças que ainda tinha, Edil viajou para o Centro Traumatológico de Turim.
    Quando chegou àqueles cuidados médicos, Edil estava praticamente cega devido ao tumor alojado no cérebro. Depois de submetida a uma intervenção cirúrgica, recuperou alguma visão mas os médicos não puderam fazer muito mais. A 6 de Setembro, entrou num coma irreversível, que parou por completo toda a sua actividade cerebral.
    Edil foi então transferida para o centro de reanimação do Hospital de Santa Ana, onde os médicos confirmaram a sua morte cerebral. Mas antes de confirmarem oficialmente a morte da jovem e de desligarem a máquina, fizeram uma ressonância magnética para ver em que condições se encontrava o feto.
    “Considerando o avançado estado da gestação e a possibilidade real de fazer vir ao mundo a bebé, decidimos fazer esse exame e o resultado mostrou que o feto não tinha sofrido danos e que podia viver”, disse Evelina Gollo , responsável do departamento de reanimação do Hospital de Santa Ana.
    O problema é que o feto era demasiado pequeno para provocar o seu nascimento. Os médicos decidiram continuar com o tratamento de Edil, mantendo os sinais vitais de maneira artificial, sabendo que não iriam salvar a mãe, mas que poderiam vir a salvar a filha. Após as 28 semanas de gestação, os médicos fizeram uma nova ressonância magnética e comprovaram que o feto estava acrescer bem apesar de ter um peso baixo, decidiram esperar que se desenvolvesse mais para a fazer nascer.
    O estado de Edil, mantida viva de forma artificial, começou a deteriorar-se e os médicos temeram pela vida do bebé. Decidiram intervir e realizar a cesariana que traria ao mundo a bebé, com 800 gramas. A menina vai ter o nome da sua mãe, Edil.
    Após o parto, os médicos desligaram as máquinas que mantinham a vida artificial de Edil, a mãe que deu à luz três semanas depois de ter morrido.

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