Irmãs transexuais abrem restaurante contra o preconceito
O restaurante das irmãs Carla e Mar Morales, no bairro de Barracas, em Buenos Aires, seria apenas mais um restaurante da capital argentina, sem distinção em relação aos demais, não fosse o facto das duas proprietárias serem transexuais.
Mas Carla, de 31 anos, e Mar, de 26, querem mais do que isso. Querem que os funcionários também sejam transexuais, uma forma de dar emprego a pessoas que normalmente não conseguem ser aceites e de, ao mesmo tempo, lutar contra o preconceito. Elas próprias sentiram na pele a dificuldade de arranjar trabalho antes de abrirem um negócio independente.
"Nós temos aparência feminina, mas quando mostrávamos o documento com os nomes de homens, as pessoas desistiam de nos contratar", disse Carla à BBC Brasil. Quando um amigo ‘transexual lhe perguntou como podia conseguir um emprego, a mais velha das irmãs lembrou-se de pôr em prática a ideia do restaurante "sem preconceitos".
As duas irmãs nasceram na província argentina de Salta, no norte do país, e mudaram-se há poucos anos para Buenos Aires. Há dois meses abriram o restaurante Transeúntes que, para já, só tem dois funcionários. "Um transexual masculino e uma heterossexual, que é a cozinheira" - adiantaram.
Até porque, garantiram, "o objectivo não é formar uma ilha para os transexuais, apenas fazer com que seja mais fácil inclui-los na sociedade".
Além da luta diária para fazer com que o negócio cresça, Carla Morales vive uma outra: fazer com que o tribunal a reconheça como mulher.
in Correio da Manhã
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