sexta-feira, 30 de março de 2012

Portugueses não largam telemóvel, nem ao Jantar


Portugueses não largam telemóvel, nem ao jantar


Um estudo sobre os hábitos e riscos dos utilizadores de telemóveis inteligentes e tablets revelou que 62% dos portugueses confessam usar o telemóvel durante o jantar e 19% assumem que o levam para a cama.

A Kaspersky Lab, maior companhia antivírus da Europa, elaborou um estudo sobre os hábitos e riscos dos utilizadores de dispositivos móveis e tablets em Portugal, baseado nos resultados de um inquérito onde participaram 2478 utilizadores de França, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha e Reino Unido. A pesquisa concluiu que os smartphones e os tablets estão cada vez mais presentes na vida dos cidadãos.
Segundo o estudo, 62% dos portugueses confessam usar o telefone durante o jantar, sendo que 65% destes utilizadores fazem-no para consultar o email. "Ao que tudo indica, o smartphone passou mesmo a ser uma extensão de nós mesmos", lê-se no estudo, ao constatar que 19% dos europeus (e dos portugueses em igual percentagem) levam o smartphone para a cama.
O inquérito revela ainda que 2 em cada 3 utilizadores europeus preferem renunciar um mês a bens como a cerveja, o vinho, o chocolate, os sapatos, a TV ou o carro do que prescindir do seu smartphone - 60% dos portugueses preferiria prescindir das outras coisas do que ficar sem o seu telemóvel inteligente. Os alemães são os mais apegados aos seus smartphones (85%).
O uso de smartphones expandiu-se por toda Europa. Uma média de 88% dos portugueses já possui estes dispositivos.

E quase todos os smartphones contêm informação sensível ou pessoal. Os utilizadores portugueses estão conscientes dessa realidade: 69% manifesta saber que há dados confidenciais e privados no seu dispositivo e que deveriam ser protegidos. Apesar do alto índice de consciencialização, 14% dos utilizadores de smartphones e 19% dos utilizadores de tablets não possuem qualquer protecção.
A banca online é, para muitos europeus, a principal forma de contacto com sua entidade bancária. Cerca de 79% dos inquiridos usam computadores desktop para realizar as suas operações bancárias. Utilizar mais do que um dispositivo para aceder à banca online, fazer compras ou navegar na Internet é uma prática cada vez mais comum, uma vez que os portáteis e os computadores desktop são cada vez mais complementados por smartphones e tablets.
Os diferentes dispositivos funcionam com diferente software e plataformas, mas partilham muitas funcionalidades e estão todos vulneráveis ao cibercrime.
Segundo o estudo da Kaspersky Lab, só 30% dos utilizadores europeus de smartphones têm proteção antivírus instalada nos seus dispositivos. Em Portugal, cerca de 14% e 19% dos tablets e smartphones, respetivamente, não têm qualquer tipo de proteção.
Os peritos da Kaspersky detetaram, em 2011, o dobro do malware de todo o período entre 2004 e 2010. Apesar do real perigo cibernáutico, no Reino Unido, por exemplo, apenas 22% dos inquiridos expressaram as suas preocupações com a segurança na banca online, sendo que em França e na Alemanha (ambos 29%), os utilizadores também estão descontraídos a este respeito.

Portugal e Espanha são os países europeus mais preocupados com a segurança no acesso à banca online a partir dos seus dispositivos móveis. Em Portugal, o recurso à banca online deixa 62% dos utilizadores preocupados.
Além da banca online, as compras na Internet constituem outra das grandes preocupações para os utilizadores portugueses. Em Portugal, 59% dos internautas mostram-se preocupados com a sua segurança ao fazerem compras na Internet, enquanto 51% se preocupa com a segurança do seu email e 38% com o acesso às redes sociais.

in JN


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