Venda recorde de preservativos durante funeral de ex-presidente
A venda recorde de preservativos, que pressupõe uma "maratona sexual" durante o funeral do ex-presidente do Malaui, Bingu wa Mutharika, realizado na segunda-feira, surpreendeu a imprensa e as redes sociais do país.
Sem avançar números, o jornal "Nyasa Times" refere que as vendas de preservativos "bateram no teto" durante o funeral de Estado de Mutharika, presenciado por seis presidentes africanos e por milhares de pessoas que se deslocaram de todo o país para a capital, Lilongwé.
"Vendo na cidade há oito anos e nunca vi pessoas a comprarem preservativos como o fizeram no sábado, domingo e na segunda-feira", relatou um vendedor ambulante, citado pelo jornal.
"Fiz mais dinheiro a vender preservativos do que carne assada", admitiu um outro vendedor, perante relatos de 'stocks' esgotados e de venda e revenda das chamadas "balas de borracha" a pessoas que "assim que as compravam, nem ficavam para beberem uma cerveja".
O Malaui, país interior da África Austral é fortemente afetado pelo VIH/Sida, estimando-se que estejam infetados 12% dos seus 13 milhões de habitantes.
O recorde de vendas de preservativos "é uma notícia muito positiva", considerou no Facebook John Chongwe Jr, um popular produtor de rádio radicado nos Estados Unidos, para quem "a campanha para usar estas coisas está a ganhar visibilidade".
O facto de milhares de pessoas terem aparentemente aproveitado a ida ao funeral para praticarem sexo levou Chongwe a falar no fenómeno "da procura de consolação na intimidade num momento de luto".
Bingu wa Mutharika, falecido no início do mês era, nos últimos anos, um Presidente caído em desgraça, contestado internamente e isolado no plano regional por países como Moçambique a Zâmbia.
in JN
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