sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Homens comprometem-se mais quando há menos mulheres

Homens comprometem-se mais quando há menos mulheres


Os estereótipos sexuais não são tão simples como durante anos os investigadores sociais acreditaram: os homens não querem sempre um rol de companheiras sexuais, enquanto as mulheres não anseiam sempre por uma relação estável.
 

Homens comprometem-se mais quando há menos mulheres
FOTO DR
Cientistas entrevistaram homens e mulheres Makushi
A crença, baseada nos conceitos de Charles Darwin, da promiscuidade dos machos como forma de garantir a descendência, foi desmontada por uma investigação científica norte-americana da Universidade do Utah, feita com indígenas Makushi, na Guiana.
Os investigadores concluíram que os homens são muito mais propensos a comprometer-se quando escasseiam as mulheres. Para confirmar esta hipótese, os cientistas entrevistaram, entre 2010 e 2011, 300 homens e mulheres Makushi, com idades entre os 18 e os 45 anos, em oito comunidades rurais, com uma proporção de 90-140 homens por cada 100 mulheres.
Os antropólogos aplicaram o teste "Inventário de Orientação Sociosexual" para saber quais os indivíduos estavam mais inclinados a ter relações sexuais sem compromisso e quais os que não estavam.
De acordo com os resultados, os homens Makushi mostravam uma maior disposição para ter relações sexuais sem compromisso do que as mulheres, o que confirma o estereótipo sexual, mas também evidenciaram ser mais propensos a ter relações comprometidas quando há menos mulheres disponíveis, independentemente da idade destas.
As mulheres, pelo contrário, mostraram-se indiferentes às alterações, e não preferiam sempre o compromisso, independentemente de haver mais ou menos homens disponíveis para o casamento.
"O compromisso com uma relação é influenciado pela disponibilidade de companheiros. Assim, podemos pensar que o número de homens e mulheres numa população como um mercado potencial, onde os princípios da oferta e da procura se impõem", explica Ryan Schacht, que dirigiu a investigação para "Royal Society Open Science".

in JN
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