Jazigo metalizado provoca polémica
Um jazigo em forma de paralelepípedo, com estrutura de metal e tijolo-burro à vista, construído no cemitério de Albufeira, em Brejos, está a causar polémica. A obra, aprovada pelos serviços camarários, surpreendeu os munícipes e até o vereador do pelouro, José Sequeira, que agora quer "minimizar o impacto" e criar regras para aquelas construções.
"Fui a um funeral na [passada] quarta-feira e vi o jazigo. Houve algumas pessoas que me abordaram sobre a obra e eu, pessoalmente, também não gosto", admitiu, ao CM, o vereador José Sequeira, que tem o pelouro dos cemitérios na Câmara Municipal de Albufeira.
O autarca reconhece que não tinha conhecimento daquela arquitectura e pediu explicações aos serviços técnicos. Segundo revelou ao CM, o terreno do jazigo foi comprado por um hoteleiro do concelho e o projecto, tal como está construído, foi aprovado pelos serviços camarários. "Aquilo não faz sentido mas, tecnicamente, não posso ir contra", referiu o vereador, explicando que não há na câmara qualquer regulamento para a construção de jazigos. "O antigo vereador, Vítor Clemente, disse-me que haveria um protocolo antigo, que definia três modelos para jazigos, mas não o encontramos", referiu José Sequeira.
Tecnicamente de ‘mãos atadas’, o vereador vai tentar uma manobra de recurso. "É minha intenção, na segunda-feira [amanhã], chamar o dono e o arquitecto do jazigo para uma reunião e tentar sensibilizá-los, no sentido de minimizar o impacto da obra", revelou José Sequeira.
Além disso, o vereador vai impedir que situações do género se repitam, criando um protocolo para a construção de jazigos no concelho. "Vou regulamentar as tipologias e de forma quase imediata", prometeu o autarca.
in Correio da Manhã
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