sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Quadro de Renoir comprado por cinco euros

Quadro de Renoir comprado por cinco euros

Pintura tinha sido roubada há 62 anos. Estava à venda num mercado de rua.
Um quadro de Renoir comprado por cerca de cinco euros, num mercado de rua, foi restituído pelas autoridades norte-americanas ao Museu das Artes de Baltimore, de onde tinha sido roubado há 62 anos.

O tribunal federal da Virgínia decretou na sexta-feira que a tela "Bords de Seine", uma pequena pintura a óleo criada por Renoir em 1879, pertence ao museu de Baltimore, que afirmava a sua posse até uma exposição sobre pintura francesa realizada em 1951.

"O Museu das Artes de Baltimore está contente por saber que a justiça reconheceu que o quadro que lhe tinha sido roubado e ainda lhe pertence", declarou, este domingo, a entidade, indicando que irá organizar uma cerimónia em março deste ano para celebrar o retorno da tela.

Foi necessário um inquérito do FBI (Federal Bureau of Investigation) para perceber como a tela de Pierre-Auguste Renoir, avaliada pela justiça em 22.000 dólares (cerca de 16.000 euros), foi levada a leilão por uma professora, Martha Fuqua.

O caso remonta a 2009, e, segundo a professora, a tela terá sido adquirida num mercado de rua na Virgínia, perto de Washington, que disse ter-se interessado muito pela bela moldura do quadro, assim que o viu. 

Três anos mais tarde, decide vender o quadro e contacta uma leiloeira - The Potomack Company - explicando o que havia acontecido, e dizendo que a mãe, com alguns conhecimentos de arte, a aconselhou a avaliar a peça. A professora esperava obter entre 70 mil a 100 mil dólares com a venda (entre 50 mil e 73 mil euros).

O museu de Baltimore conseguiu provar que o quadro tinha sido emprestado em 1937 pela mulher de um colecionador, um advogado que a tinha comprado em Paris, em 1926.

Quando o proprietário morreu, o quadro de Renoir foi doado ao museu, que o apresentou numa exposição de onde viria a ser roubado, havendo um registo na polícia e também junto da seguradora.

in Correio da Manhã

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