quinta-feira, 3 de julho de 2014

Cuba vende 50 carros em seis meses

Cuba vende 50 carros em seis meses 

Lei já não proíbe venda de automóveis mas os preços continuam proibitivos. 


Os concessionários cubanos de automóveis venderam apenas 50 veículos e 4 motociclos em todo o país, nos primeiros seis meses de 2014. As restrições às compras de automóveis foram removidas pela primeira vez nos últimos 50 anos com a atual lei, mas os preços dos veículos são tão altos que muito pouca gente tem dinheiro para os comprar. Antes da lei ser aprovada, os cubanos tinham de pedir autorização direta ao governo para comprar carro aos vendedores estatais de veículos novos e usados. Em comparação, o concessionário da Peugeot de Havana fixava o preço do modelo 208, de 2013, em 66 mil euros (91 mil dólares) – em Portugal custa a partir de 13.150 euros – quando a lei entrou em vigor e pedia 191 mil euros (262 mil dólares) pelo modelo 508 – a partir de 27.500 euros no nosso país. Preços como estes geraram várias ondas de protesto por parte dos poucos cubanos que podem sequer considerar comprar um carro, já que a maioria dos trabalhadores do estado ganham 14 euros por mês (20 dólares) e o ordenado mínimo está fixado em 9 dólares. Os preços altos também têm sido uma queixa de empresas estrangeiras e potenciais investidores, que precisam de autorização governamental para importar carros novos ou usados. Cuba só começou a libertar o mercado automóvel de forma gradual. Em 2011, começou a permitir que as pessoas comprassem e vendessem carros usados umas às outras. Antes disso, os únicos carros existentes em Cuba eram anteriores à revolução cubana de 1959.

in Correio da Manhã

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