terça-feira, 8 de abril de 2014

Um juiz francês “interroga” um cão como testemunha de um homicídio

Um juiz francês “interroga” um cão como testemunha de um homicídio

labrador
Na cidade de Tours, em França, Tango, um labrador com 9 anos, foi chamado a tribunal como testemunha e serviu de prova para acusar um homem de ter morto o seu dono.

O juiz pediu ao suspeito para ameaçar o cão com um taco de basebol enquanto os jurados observavam a reação do animal. Para que não restassem dúvidas os jurados tiveram também de observar, nas mesmas circuntâncias, o comportamento de um outro cão da mesma raça e idade. A experiência não resultou e os cães foram autorizados a voltar ao seu dia-a-dia normal.
O advogado do suspeito, Gregoire Lafarge, falou à rádio fraqncesa RTL e reagiu ao procedimento chamando a atenção para os perigos deste tipo de avaliação. “Então se o Tango levantar a pata direita, abrir a boca ou abanar a cauda isso significa que reconhece o meu cliente?”, ironizou. “Acho que isto pode levantar graves problema na justiça francesa”, rematou.
Um especialista em comportamento animal, Jaques Cordel, também criticou o procedimento do tribunal e chegou mesmo a considerá-lo ilegítimo. “Estas experiências são feitas com base em crenças populares e não têm qualquer base científica”, escreveu na revista francesa ‘Nouvel Observateur’. “O estudo do comportamento animal é uma ciência, não é uma brincadeira”, acrescentou.
Esta não é a primeira vez que um tribunal chama um cão como testemunha de um crime. Em 2008, Scooby, um cão foi constituído testemunha num processo que decorreu na Flórida, nos Estados Unidos. O cão foi encontrado no apartamento onde aparentemente um homem de 59 se tinha suicidado. A família não acreditou e denunciou um possível homicídio. Scooby era a única testemunha que, na opinião do juíz norte-americano, poderia contar o que aconteceu.
in Arco da Velha

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