A família de um aluno muçulmano apresentou queixa de um professor de Geografia de uma escola secundária de Cádiz, Espanha, porque este falou de presunto durante uma aula.
O professor do Instituto Menénez Tolosa, em La Línea de la Concepción, Cádiz, estava leccionar uma aula quando, ao fazer referência aos diferentes climas de Espanha, disse que o frio próprio de Trévelez, em Granada, favorecia a cura dos presuntos.
O aluno não gostou da referência e considerou que o exemplo era uma ofensa à sua religião. A família apresentou queixa na polícia, que se deslocou à escola para interrogar o professor, segundo relata o jornal Diário de Cadiz.
Por seu lado, o docente defendeu-se das acusações, assegurando que nunca fez a "apologia do presunto ou do porco nas suas aulas".
O insólito caso já mereceu mesmo um comentário do ministro da Presidência, Ramón Jáuregui, que considerou tratar-se de uma "denúncia infundada" que "não pode prosperar". Para o governante, o caso é "inatacável" do ponto de vista da pedagogia, sublinhando que não se devem imiscuir neste caso os ensinamentos das mesquitas.
O professor, que conta várias décadas de experiência e continua a dar aulas, foi acusado do crime de "maus-tratos de obra com motivações xenófobas”. O artigo 525 do código penal espanhol contempla penas de multa para quem ofenda "os sentimentos de membros de uma confissão religiosa".
in Correio da Manhã
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