Soterrada enviou sms e ligou à mãe“Mãe, fiquei soterrada”. Esta foi a primeira mensagem que Louise Amantillo, uma estudante que ficou debaixo dos escombros após o terremoto de Christchurch, conseguiu enviar para os seus familiares, nas Filipinas, a pedir ajuda.
O caso está a comover o Mundo, pois a jovem, de 23 anos, foi enviando mensagens enquanto não chegava a ajuda para resgatar as centenas de soterrados após o colapso de de vários edifícios, contando a evolução do seu estado.
“Mãe, não consigo mexer a minha mão direita”, enviou, 40 minutos depois da primeira, tendo mesmo conseguido fazer uma curta chamada.
Após mais de uma hora angustiante, na qual enviou mais de uma dúzia de mensagens, em que foi revelando o aumento da dor que sentia, dá os seus últimos sinais de vida: as indicações de onde se encontrava, esquina entre as Ruas Madras Cashel, com uma indicação para a resgatarem com urgência. “Por favor, venham depressa”. Eram exactamente 15h32 (hora local). Desde então ficou incontactável.
“A voz dela tremia, devido ao medo que sentia. Sei que ela estava a sofrer”, contou a mãe de Louise, Linda Amantillo, que chegou esta sexta-feira à Nova Zelândia com esperança de encontrar a filha ainda com vida.
No entanto, as equipas de socorro afirmam que é virtualmente impossível encontrar as 120 pessoas que estão desaparecidas debaixo dos escombros, três dias depois do sismo de 6,3 na escala de Richter, que assolou a cidade neozelandesa.
in Correio da Manhã
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