Mosammet Hena, de apenas 14 anos, morreu no passado domingo no Bangladesh depois de ter sido vergastada cem vezes com canas de bambu. O castigo serviu para penalizar a alegada relação imoral com um dos seus primos, Mahbub, de 40 anos e casado.
A denúncia da alegada relação partiu da própria mulher de Mahbub, Shilpi Begum, que contou à polícia que tinha visto a rapariga a falar com o marido, perto da sua casa.
A jovem foi presente a um tribunal religioso, presidido pelos membros mais antigos da comunidade, que a condenaram a ser vergastada cem vezes. Após ter sido conhecida a sentença, 25 pessoas, entre as quais quatro mulheres, levaram Mosammet para um casa, onde aplicaram o castigo. Seis dias depois acabou por morrer num hospital de Dhaka.
“Que tipo de justiça é esta?”, questionou Dorbesh Khan, pai da jovem, em declarações à BBC, criticando: “A minha filha foi vergastada até à morte em nome da justiça”.
Quatro pessoas foram detidas, até ao momento, incluindo Shilpi Begum, autora da denúncia, e a polícia continua à procura de outros 14 supostos implicados no linchamento público da jovem.
Também Mahbub recebeu o mesmo castigo, mas a ser executado pelo seu pai. O homem está agora em paradeiro desconhecido.
in Correio da Manhã

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