Deputados andaram ao soco na Venezuela
Onze deputados venezuelanos ficaram feridos durante confrontos registados em plena sessão parlamentar. As agressões começaram quando o presidente da Assembleia proibiu a oposição de falar.
A sessão de terça-feira tinha começado há apenas meia hora quando os incidentes começaram. O presidente da Assembleia Nacional não autorizou os deputados da oposição a usarem da palavra, por não reconhecerem Nicolás Maduro como chefe de Estado.
Diosdado Cabello (número dois do "chavismo") invocou o artigo 131 da Constituição venezuelana, que obriga "todas as pessoas" a reconhecerem o texto constitucional e as autoridades do país.
Inconformados, os deputados da oposição exibiram um cartaz onde podia ler-se "Ataque ao parlamento" e tocaram vuvuzelas, impedindo os parlamentares do partido do poder (PSUV) de falarem.
Nessa altura, segundo a imprensa venezuelana, alguns deputados do PSUV começaram a agredir os colegas da oposição. No final, 11 deputados ficaram feridos, alguns dos quais tiveram que receber tratamento hospitalar.
Esta quarta-feira, numa entrevista ao canal de televisão VTV, Diosdado Cabello afirmou que a "violência na Assembleia Nacional é uma montagem preparada pelos deputados Julio Borges e Ismael García". E acrescentou:_"Os deputados da oposição só querem reconhecer os seus direitos e não os seus deveres".
O líder da oposição, Henrique Capriles, solidarizou-se com os deputados agredidos. Na rede social Twitter, escreveu que "este governo corrupto, fascista ilegítimo não mudará a forma de ser dos venezuelanos, que repudiam a violência".
Também o presidente venezuelano se pronunciou sobre o sucedido. Nicolás Maduro afirmou que este tipo de incidentes não se devem repetir e que pediu ao líder da Assembleia Nacional que "tome medidas".
in JN
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