Os aparelhos electrónicos aumentam o risco de distracção dos condutores, aumentando ao mesmo tempo o risco de acidentes na estrada.
Foi conduzido pelo GPS até um caminho sem volta. Em Outubro do ano passado, um homem de 37 anos teve morte imediata quando o carro caiu no pântano de La Serena, em Badajoz, depois de circular alguns metros numa estrada cortada.
O GPS do veículo, segundo as autoridades, terá indicado uma antiga estrada que desembocava num pântano, e a escuridão da noite não permitiu ao condutor travar a tempo. Só o co-piloto, de 38 anos, conseguiu alcançar a margem a nado e sobreviveu.
«O facto de os condutores seguirem cegamente as instruções do GPS é um perigo», disse ao SOL João Dias, investigador do Instituto Superior Técnico (Departamento de Engenharia Mecânica), já que «as alterações dos sentidos de trânsito não contempladas nos mapas podem conduzir a acidentes, sobretudo se as rotas são programadas durante a condução».
Em Portugal, apesar de não existirem estudos epidemiológicos sobre os efeitos da tecnologia ao volante, não faltam episódios nas estradas. Diariamente as forças de segurança testemunham manobras de alto risco de condutores que se deixam enredar nas maravilhas da tecnologia.
«Quase todos manuseiam o GPS em andamento», confirmou ao SOL um militar da GNR, acrescentando que são os mais idosos que costumam causar mais problemas: «Por exemplo, vêm do Porto a Lisboa seguindo as indicações do aparelho, mas quando se aproximam do destino, param de propósito na berma da auto-estrada (infracção muito grave) para introduzir mais dados».
Alheios ao ambiente que os rodeia, «quando voltam a arrancar fazem-no de chofre, como se estivessem numa via de aceleração». Muitos acidentes, assegura, acontecem nestas circunstâncias.
Mas não é só o GPS que pode distrair. «No Verão, muitos turistas são apanhados a conduzir enquanto vêem televisão» - uma infracção que pode custar entre 120 e 600 euros.
in Sol
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelas SUAS palavras!