Ritual ‘religioso’ envolve adultério no alto da Montanha do Sexo
Um ritual “religioso” que envolve adultério. É assim que se pode definir o que acontece na Gunung Kemukus (Java, Indonésia), também conhecida como a Montanha do Sexo.
A lenda, que data do século XVI, diz que o príncipe indonésio Pangeran Samodro teve um caso amoroso com a sua madrasta. Os dois subiram à montanha e acabaram descobertos quando estavam a fazer o amor. O príncipe e a amante foram mortos e queimados no alto do Gunung Kemukus. No local funciona um pequeno templo islâmico onde o ritual sexual é realizado, em busca de… boa sorte!
Mas um detalhe importante: os fiéis não podem fazer sexo com os seus companheiros habituais. O ritual implica relações sexuais sete vezes consecutivas a cada 35 dias.
Obviamente, o ritual atraiu à região um número considerável de prostitutas, que oferecem os seus serviços “religiosos”.
“Eu venho aqui atrás de boa sorte”, afirmou à emissora australiana SBS o visitante regular Mardiyah. Ele realiza o ritual sexual no Gunung Kemukus.
Um homem peregrino disse ao repórter da SBS: “Eu não conto à minha esposa. Não há como ela descobrir”.
Antes do sexo, os peregrinos rezam e fazem oferendas. Depois, eles precisam tomar um banho numa fonte no alto da montanha. Depois, os fiéis recolhem-se em tendas.
O ritual não é visto em outros locais onde o islamismo é professado. Na verdade, em Java, o Islão sofre influências do hinduísmo e do budismo.
“É uma coisa estranha. Um paradoxo: há uma mesquita, mas do lado de fora há um lugar para se ter sexo ilícito. O fato é: isto é hipócrita”, disse Keontjoro Soeparno, professor de Psicologia Social da Universidade Gadjah Mada, de Yogyakarta, que estuda o fenómeno há mais de 30 anos.
in Arco da Velha
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