A Bélgica bate o recorde, no sábado, da mais longa crise política na Europa. O máximo pertencia até então à Holanda, que levou 208 dias para formar governo em 1977. Caso o país não consiga estabelecer um novo governo até 30 de Março, bate o recorde mundial de 289 dias, do Iraque em 2009.
07 Janeiro 2011
A demissão na quinta-feira do mediador escolhido pelo rei Alberto II para procurar um consenso entre os partidos flamengos e francófonos, veio adensar ainda mais a crise política instalada.
Johan Vande Lanotte apresentou a sua resignação ao rei, após os separatistas flamengos se terem recusado a discutir um plano de transferência de poderes para as regiões. Frustrado, terá confessado: “Pode-se levar um cavalo à água, mas não podemos forçá-lo a bebê-la”, acrescentando ainda que “não existe vontade suficiente para negociar” de ambas as partes.
O país tem vivido nos últimos sete meses sob a direcção do primeiro-ministro cessante Yves Leterme, social-democrata flamengo. Apesar da instabilidade política, o país presidiu com eficácia à União Europeia no segundo semestre de 2010, de acordo com os observadores.
Os analistas políticos consideram que a Bélgica não pode continuar muito mais tempo a adiar decisões a longo prazo e alertam o contágio da crise financeira ao país, que está endividado em mais de cem por cento do seu PI.
in Correio da Manhã

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