Iraquiano é julgado por morte de filha 'americanizada'A morte da jovem Noor Almaneki de 20 anos, em Outubro de 2009, chocou o Estado do Arizona por ter sido levada a cabo pelo próprio pai, que a atropelou por considerá-la «americanizada» e «imoral». Almaneki, de 50 anos, vai agora a julgamento nos Estados Unidos.
De acordo com a acusação, Almaleki decidiu matar a filha depois dela ter abandonado a casa da família e recusado casar-se com o primo.
O jornal local de Phoenix New Times disse que o pai desaprovava o estilo independente e «americanizado» da jovem que, embora fosse fluente em árabe e se orgulhasse das suas origens, vestia jeans, usava maquilhagem, trocava de namorados e tinha inclusive feito fotos como modelo.
No auge dos desentendimentos familiares, a jovem saiu de casa para morar com a família do namorado, avança a BBC.
Seria no dia 20 de Outubro de 2009, que usando o seu jipe Cherokee como arma, Faleh atropelou a filha e a mãe de seu namorado num estacionamento da vila de Peoria.
A sogra de Noor sobreviveu mas a jovem morreria poucos dias depois, no hospital.
O iraquiano fugiu para o México de onde apanhou um voo para a Grã-Bretanha, tendo sido preso e deportado ao desembarcar em território britânico.
O crime despertou a atenção da comunidade e gerou protestos de grupos de direitos humanos, que pediram justiça contra os chamados «crimes de honra», normalmente cometidos por parentes para «limpar a honra» da família.
Segundo os jornais locais, a procuradoria decidiu não pedir a pena de morte para Faleh, mas este pode ser condenado à prisão perpétua pelo crime.
De acordo com o Peoria News, Faleh responderá por assassinato e tentativa de assassinato em primeiro grau, lesão corporal grave e tentativa de fuga após acidente com feridos.
in Sol
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